Por mais que a arquitetura seja fundamental, o mais importante nos projetos de arquitetura ainda são os vazios. Não são os cheios, não é o tijolo, não é o aço, não é mais madeira. É o que vazio transmite a partir da essência da composição dos cheios.
Essa reflexão, por si só, é um entendimento de como devemos pensar a arquitetura num papel de transformação na vida das pessoas. Para além disso, nós, no EVM, temos falado em arquitetura de hospitalidade: uma arquitetura que busca ir além da arquitetura convencional de fazer mais do mesmo.
Há alguns anos atrás, nós tivemos um dos encantadores projetos que já fizemos de cafeteria selecionado para obra do ano no Archdaily Brasil e Internacional, em 2020, e a categoria da premiação era obra de hospitalidade, para nossa surpresa e lisonjeio.
Admite-se uma arquitetura de hospitalidade como algo que proporciona experiências acolhedoras e confortáveis para os usuários. Por mais que seja uma premissa de todos os nossos projetos, saber que temos um projeto comercial com reconhecimento dessa característica foi incrível.
De lá pra cá, já tivemos inúmeros projetos publicados. Talvez, todos com as mesmas premissas e contextos diferentes, mas, com certeza, todos na busca da funcionalidade, boa estética, conforto, sustentabilidade e experiência do usuário. Hospitalidade precisa ir além do óbvio, precisa ir além dos cheios e vazios, precisa tocar as pessoas, seja de forma visual ou sensorial, porque bem como já dizia o Le Corbusier, “arquitetura é emocionar”.
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